quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Novas variedades de frutas cítricas na Chapada













O encontro de será realizado em Palmeiras região da Chapada Diamantina (BA), onde a Embrapa junto com uma cooperativa da regiao conduz um projeto de introdução e avaliação de cultivares de citros em parceria com a AGForte S.A. Agropecuária e Comércio. “Este trabalho abre uma nova área para a citricultura no Nordeste, com frutos de mais qualidade”, afirma Bruno Branco, um dos responsáveis pela recomendação, juntamente com Luis Rezende Junior, ambos pesquisadores da Embrapa.

Segundo Branco, as novas variedades pretendem estimular o consumo de citros no Brasil, considerado muito baixo (2,2 kg de laranja e 1,2 kg de tangerina por pessoa/ano). ”A oferta mais regular de frutos ao longo de cada ano pode aumentar o potencial dos citros de mesa”, explica.Região AdequadaA produção de frutas cítricas de melhor qualidade é favorecida em regiões tropicais de maior altitude, a exemplo de Palmeiras, que atinge cerca de 1.100 m acima do nível do mar, com temperatura média anual de 20ºC. “Esta região é das mais apropriadas para citros de mesa no Brasil", atesta Branco.

A tangerineira ‘Diamantina’ seleção CNPMF é um híbrido entre a tangerineira ‘Clementina’, originada do Mediterrâneo, e o tangor ‘Murcott’ - este um híbrido natural de tangerineira com laranjeira doce, surgido na Flórida. Foi introduzida na Embrapa com sementes vindas dos Estados Unidos, em 1989, quando iniciariam suas avaliações.

Suas principais características são: frutos grandes, de maturação tardia, com casca lisa e aderente, coloração intensa na casca e na polpa. “A ‘Diamantina’ tem um aspecto externo muito atraente, sendo uma opção para o mercado de fruta fresca.

Mas também pode ser usada no processamento de suco, de forma integral, ou em misturas com outras laranjas doces”, explica Luis Rezende. Já a laranjeira ‘Sincorá’ é originária da província de Sichuan, China, onde é a cultivar mais explorada. Seus frutos são doces e têm maturação tardia, com aptidão para o mercado de fruta fresca, devido à pequena quantidade de sementes, e servem também para processamento.As plantas apresentam porte e folhagem semelhantes à laranjeira ‘Pêra’, porém são mais volumosas e têm menor incidência de caneluras (sintomas do complexo do vírus da tristeza dos citros), que provocam frutos menores. A ‘Sincorá’ constitui, portanto, uma alternativa à diversificação dos pomares (a laranjeira ‘Pêra’ tem predominância absoluta em alguns Estados brasileiros, a exemplo da Bahia e Sergipe). “Deveremos ter este produto fora do pico da safra das demais regiões produtoras”, explica Branco.

Embrapa Palmeiras:75(xx)36218089

Email:bbranco@cnpmf.embrapa.br

Email:luisrezende@cnpmf.embrapa.br
Fotos: Internet

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